quinta-feira, 9 de agosto de 2007

INVERSÃO DE VALORES

INVERSÃO DE VALORES È interessante, até mesmo preocupante, a visão de algumas pessoas sobre certos fatos do cotidiano. O noticiário policial publicou, certa vez, que um cidadão, professor, foi vítima de um erro de avaliação por parte de militares que, dentro do princípio de “evitar mal maior” , excederam - não na ação de punir quem não acatou a ordem de parar, mas na dose da punição- e mataram esse mesmo cidadão. A reação foi imediata, as colunas tipo “Cartas do Leitor” ficaram recheadas de manifestações de protestos, entretanto, a morte de outro professor, logo em seguida, não gerou a mesma gama de protestos. A diferença de ambas as fatalidades foi apenas a autoria. Será que a segunda morte, igualmente brutal, por ser cometida por bandidos é normal? Estamos diante de uma grande inversão de valores, onde avaliamos um crime mais pelo autor do que pela barbárie, pela violência ou pela dignidade do cidadão. È óbvio que não se trata da importância da vítima desses dois crimes bárbaros, mas, talvez, de quem se manifesta nessas ocasiões. Será que os bandidos andam escrevendo em coluna de jornal? Se for isto, tá na hora da polícia fazer o mesmo.

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